Escrito pela autora Brené Browm, A Coragem de Ser Imperfeito, foi publicado em 11/08/2012, possuindo como gênero principal a autoajuda, em que, conseguiu dessa forma, conquistar milhares de fãs. Tudo se iniciou quando Browm resolveu entrar na faculdade de assistente social. Nesse sentido, ela desenvolveu uma pesquisa que consegue explicar a “anatomia do vínculo humano, das relações e das conexões entre pessoas”, e assim, ela passou a estudar e pesquisar sobre os sentimentos de vergonha e empatia.
Em um primeiro momento, Brené fala a respeito do conceito de narcisismo, mas isso partindo de uma visão que enxergue a vulnerabilidade, você deve estar se perguntando, mas como assim? Bem, geralmente olhamos para as pessoas e costumamos julgá-las de cara como narcisistas, sem ter um olhar mais humano, assim como, sem buscar entender realmente o contexto como um todo, pois nós vivemos em um mundo cheios de influencias que podem nos moldar, como é o caso das redes sociais.
Partindo disso, ela aborda no livro um tópico que vai ser definido como “epidemia de narcisismo”, que vai trazer aspectos que estão transformando quem nós somos e como vivemos, esse tópico é a chamada cultura da escassez, que possui três componentes, são eles: vergonha, comparação e a desmotivação, ou seja, nunca nos sentirmos bons o suficiente. Ela define também a escassez como “o problema de nunca ser ou ter o bastante”, nós costumamos sempre nos compararmos, e isso pode gerar ações em nós aos quais as pessoas passam então a nos definir como narcisistas.
No capítulo 2, a autora vai abordar questões acerca da vulnerabilidade, em que, cria-se um grande mito que defende a vulnerabilidade como uma forma de fraqueza. Porém, a autora vai dizer que não é bem isso, mas sim que, a vulnerabilidade é onde nasce por exemplo o amor, a alegria e a aceitação. Ao se aceitar a vulnerabilidade, reconhecendo os riscos e exposições, passa-se a ter uma saúde mais positiva.
Quantos de nós temos medos de se encontrar em uma situação de vulnerabilidade. Entretanto, ser vulnerável é ter coragem de se mostrar, como também, pedir ajuda, e é exatamente isso que o livro traz, mas, não ser vulnerável em exagero, pois aí pode ser tornar uma forma de conseguir atenção. Para ser vulnerável, deve-se confiar nas pessoas, e essa confiança é adquirido com o tempo e não de uma hora para a outra.
No capítulo 3, que tem como titularidade “compreendendo e combatendo a vergonha”, vai se abordado o quanto temos medo do que os outros vão achar, assim como ela cita, “não podemos nos deixar ser vistos se ficarmos aterrorizados pelo que as pessoas podem pensar”. Para se conectar com nossas vidas, temos que se permitir ser vulnerável, e interligado a isso, precisamos conseguir controlar nossa vergonha. Desse modo, devemos fazer e mostrar nossas coisas ao mundo, independentemente de o resultado ser positivo ou negativo. Pelo menos devemos ter a coragem de nos mostrarmos, ou seja, a aprovação então não vai mais nos controlar, agora o nosso valor é medido pela nossa coragem.
Desse modo, a autora vai tratar a vergonha por um viés de culpa, em que, ao sentirmos vergonha, culpamos alguém ou algo. Entretanto, esses são sentimentos distintos, a culpa é algo bom, já a vergonha, não. Ao compreender a vergonha, devemos enxergar a resiliência, “ela vai servir como estratégia para proteger os vínculos com nós mesmos e com quem amamos”, isto é, ao demonstramos e falarmos da nossa vergonha com as pessoas e recebermos sentimos de empatia, fica bem mais fácil aceitá-la, pois a vergonha assim como cita a autora, se alimenta do segredo.
Ainda sobre a vergonha, Brown estuda a vergonha tanto da mulher, como do homem. Nas mulheres, a maioria cita que sentem vergonha com relação a aparência, e em segundo lugar, se dá na maternidade, em que, devemos sempre parecer perfeitas, ser “feminina”, doce e submissa. O livro aborda uma questão muito importante, em que, não só as meninas, mas os homens também se sentem envergonhados e vulneráveis na hora do sexo, muitas vezes os mesmos não estão preocupados com o corpo da mulher, assim como elas acham, mas estão preocupados em saber se as experiências das mulheres estão sendo boas, se elas estão confortáveis.
Dando continuidade as ideias trazidas sobre vulnerabilidade, as pessoas utiliza-se do escudo da alegria como um caminho para não se tornar vulnerável, isso é, muitas vezes, ao se encontrar em um momento de alegria, sentimos um mau presságio, de que algo ruim pode acontecer. Desse modo, criamos um cenário onde só imaginamos tragédias, vivendo decepcionado, pois é mais fácil viver decepcionado do que ter uma decepção. Nesse sentido, “sacrifica-se a alegria para evitar a dor”. Para tentar evitar isso e ser mais alegre, a autora propõe a gratidão, seja grato pelo que tem e pelos momentos simples. Desta forma, uma das formas de ser grato, é deixar de lado o perfeccionismo, pois, assim como muitos pensam, ele não é algo bom. O perfeccionismo, em linhas gerais, é motivado pelo que os outros irão pensar.
Dando continuidade, a autora trata no livro à respeito do entorpecimento, onde vivemos sempre cheios de coisas para fazer. Com isso, ele é combinado com sentimentos de vergonha, ansiedade e isolamento, como se fosse uma cadeia, em que, um leva ao outro. Por isso, deve-se impor limites, aprender como realmente vivenciar os sentimentos e emoções difíceis.
Na vida, vivencia-se dois aspectos que na maioria das vezes não se é debatido, mas que Brené fala a respeito, que é o conceito de vítima ou viking, onde na vida, ou você domina ou é dominado.
Outro ponto em que a Brené toca, é a fronteira da falta de motivação, em que, ela cita “não podemos das as pessoas o que não temos”, ela mostra vários exemplos, onde os pais dizem uma coisa a seus filhos, mas fazem o contrário.
A autora cita também que a vergonha nos produz medo, diminuindo nossa capacidade de aprendizado, inovação, motivação e entre várias outros aspectos. Quando as pessoas desistem de se comprometer com algo para se proteger, deixando de ser importar, estamos na verdade, alimentando a vergonha.
Atrelado a isso, a escritora faz um entrelaçado entre vergonha e culpa, onde a culpa, você descarrega todo sua dor e mal-estar, em que, esses são gerados quando estamos com vergonha, por exemplo. Outra forma de fazer com que a vergonha se habite, é a “cultura de esconder a verdade”, ao contrário, se você apoiar uma cultura onde há Feedback, a vergonha tende a diminuir, pois você estará ousando, pois assim como a autora cita, sem Feedback, não há transformação. Segundo sua pesquisa, “a vulnerabilidade está no âmago do processo de Feedback”, pois é nele que saberemos nossos pontos fracos, ficando vulneráveis.
No capítulo 7, ela vai abordar como criar filhos plenos, ousando ser o adulto que você quer que seus filhos sejam. Neste tópico, a autora cita que nós somos basicamente moldados por nossas famílias, pelo que escutamos e ouvimos. Então, tenha atitudes que você deseja para o seu filho.
Desse modo, ela traz alguns pontos importantes para criar seus filhos, como: acolher a vulnerabilidades e imperfeição, tendo compaixão e amor por si próprio e pelos outros, uma forma de demonstrar nosso amor por eles, é deixar claro para seus filhos que eles são aceitos dentro de casa, gerando então, um amor incondicional.
Por fim, não se pode cuidar do bem estar de seus filhos se estiver criticando outros pais pelas escolhes que eles fazem, pois, ao se criticar, na verdade, não estamos bem com nós mesmos. Outro ponto importante que a autora traz é deixar os filhos tomar responsabilidade de suas próprias lutas, experimentando as dificuldades, pois, se você reparar, os pais estão sempre tentando proteger, mas o ideal é deixar que o filho assuma as responsabilidades. Isso seria criar filhos esperançosos, que tenham coragem de estar vulneráveis
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